segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Largar as amarras

Confessava-me com alguma melancolia que tal como no Amor e na Amizade, uma planta para florescer e crescer ansiava por actos diários de entrega, de demonstração de afeto, interesse e persistência, sob pena de esmorecer até a mais teimosa presença, a qual por certo se rendia à evidência do desequilíbrio. 

E com o seu olhar distante e exausto pelas agruras, me declarava, com a voz entalada, que se preparava para se ausentar de uma dimensão que já não era a sua. 

Não consegui responder-lhe, mas tão só escutar e sentir com o coração, e conceder-lhe o direito à desolação.

Admito que admirei a sua coragem e não pude deixar de concordar que não vale a pena investir em quem se quer ausente.


Esmy 



4 comentários:

  1. Ás vezes é uma questão de saber esperar...mas há que saber quando vale a pena.

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  2. Como costumo dizer o tempo traz verdades e respostas. Beijinho

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  3. Investir só se for num par de patins, para ir mais depressa. ahahah

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    1. Sr. esperto como um alho, eu aconselharia antes que investisse numa viagem. Pelo menos seria o meu conselho :)

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