Não tive a sorte de sentir a beleza da maternidade. Confesso que impus um limite e esse já se desvaneceu nas agruras do tempo, inicialmente com algumas dores, as quais se foram apagando no meu imaginário e sobretudo no coração.
Vivo hoje uma cumplicidade distinta, isto porque, vi nascer uma menina no ano de 2012, que mudou a minha perspectiva do mundo e preencheu a minha alma e a minha existência de amor incondicional, quase apostaria, semelhante ao de uma mãe, apenas distinto, pelo facto de não a ter carregado, nas entranhas, durante 9 meses.
É a minha princesa, a minha sobrinha, a Matilde! Amo-a, como se a tivesse trazido a este mundo de loucos e ela, a mim, de igual forma.
Somos cúmplices, sopramos palavras eternas aos ouvidos uma da outra e já não conseguiria imaginar a minha existência efémera, sem a presença deste ser maravilhoso, que possui o dom de arrancar, nos momentos mais duros da minha vida, o maior dos sorrisos e de me afagar a alma.
É a minha razão para continuar, para acreditar num mundo melhor e acima de tudo, o meu maior amor, se é que é possível dosear, ou tentar descrever a sensação sublime, que me percorre os sentidos, sempre que a observo perscrutadoramente.
É igualmente o meu desafio, a minha grande responsabilidade nesta vida, certa de que o meu papel será igualmente fundamental na sua educação e evolução.
Sei que me espera um percurso difícil, mas igualmente desafiador e que acolhi de coração e braços abertos, ciente do dever que me cabe, enquanto tia e madrinha.
Amo-te, minha princesa linda!
Esmy