quinta-feira, 31 de março de 2016

Aproveitar a paisagem...




Aqui está uma linha de pensamento para os próximos tempos... Desistir, jamais, pelos menos daquilo que me é intrínseco e que jamais abdicarei, enquanto por cá andar. Resta-me procurar a Paz que necessito e aproveitar as paisagens que me aguardam... Quem me quiser acompanhar, seja bem vindo, quem não quiser, mais sobra para mim!

Esmy

Está tudo coisado



Eu não acho, tenho mesmo a certeza... Uma coisa é certa, está "coisado", mas vai ter de levar comigo.
O início do ano começou logo bem, com uma infecção pulmonar, que me deixou de rastos e hoje, mais uma vez, no espaço de dois meses, fui parar ao centro de saúde, desta vez por causa de um diagnóstico feito há 3 anos, que me fez andar num corrupio, de exames de lá, para cá, para se concluir tratar-se de uma artrite mandibular, que apenas é tratável com anti-inflamatórios e cujos sintomas são um mimo... Dores de cabeça intensas que dão vontade de arrancar cabelos, senão mesmo a cabeça inteira, salvo que seja, que eu gosto muito da minha cabecinha...
A verdade é que ninguém acreditava no diagnóstico, porque habitualmente não se manifesta numa jovem da minha idade, mas pelos vistos devo ser uma ave rara e tudo me pega.
Há, até quem diga, em tom de graça, que sou um frasquinho de vidro... Devo ser, mas se conhecerem uma bruxa boa, acho que estou a precisar, arre!


Esmy


quarta-feira, 30 de março de 2016

Perguntas sem resposta

Não me digam que estou errada, mas quanto mais vivo mais perguntas ficam por responder... Há cenários que coloco em cima da mesa e tento decifra-los da melhor forma que sei e que posso, mas há perguntas que me faço,  para as quais nunca obterei uma resposta aceitável e logo eu que persigo respostas...
Há quem diga que tudo tem explicação e que nada acontece por acaso, que a vida nos coloca perante dificuldades para evoluirmos e crescermos como seres interiores, mas eu olho de fora para dentro e percebo que algo mudou, mas nem sempre consigo alcançar vantagens, bem pelo contrário. Será que a minha essência terá de ser afetada por acontecimentos nefastos? Aqueles que me conhecem profundamente, elogiam a minha aura luminosa, a minha candura perante os outros, mas questionam as minhas atitudes naifs, que me exponho em demasia e eu respondo que não consigo ser de outra forma, a não ser aquilo que sou e que me deixem ser quem sou.
As consequências, essas, começam a transbordar pela minha mente e cada vez menos acredito nas pessoas e lamentavelmente começo a construir barreiras, que com o tempo decorrido se poderão tornar intransponíveis.
Restam-me, poucas, mas algumas almas doces que me acompanham e que me fazem esquecer por momentos as respostas que procuro. 

Esmy

terça-feira, 29 de março de 2016

Apenas hoje...







Hoje cubro-me de silêncio, 
procuro-me e não me encontro como antes. 
Hoje e apenas hoje deixo que água salgada escorra, 
sem horário marcado, pelo meu rosto frio. 
Só hoje, porque a necessidade é maior em mim 
e procuro refúgio nas memórias solarengas, 
de cores quentes. 
Que me iluminam a alma e me acalmam o coração.
Não quero despedidas, apenas reencontros,
Mesmo intuindo que a reclusão será o caminho,
Mas, hoje e apenas hoje, deixo-me levar pela
Saudade do que poderia ter sido e não foi 
Apenas hoje...

Esmy 




quinta-feira, 24 de março de 2016

Inconstância





Admito que me transcende a mente e a compreensão, a inconstância nas atitudes de quem se afirma adulto.

Não quero com isto dizer que eu própria não padeça desse delírio por vezes, muitas vezes consequência da inconstância de quem me é próximo.

Admiro as promessas cumpridas, a honestidade e lealdade, mas acima de tudo a coerência das palavras versus acções.

As palavras, essas por si só leva-os o vento...

E eu que acima de tudo me entrego de corpo e alma, lutando pelo meu auto conhecimento, penitencio-me muitas vezes por não me proteger como deveria, baixando as defesas e sofrendo, concomitantemente, as consequências da minha inconsciência.

Atravessa-se na minha mente, por momentos, a sensação que não pertenço a este mundo, que ele não se encaixa no meu perfil, mas depois, gestos gentis acabam por me afastar dessa nefasta transcendência nascida e criada por mim. 


Esmy






quarta-feira, 23 de março de 2016

Bruxelas

Hoje, com mais tranquilidade, permito-me repensar no que foi o dia de ontem e todas as emoções que me tomaram de surpresa, sem que pudesse evitar o choque e a sensação de impotência.

Ontem, apesar de me encontrar a uns milhares de km de Bruxelas pude, lamentavelmente, sentir na pele, o sabor amargo de ter entes próximos, prestes a regressar a essa cidade, depois de terem vindo às pressas, por motivos nada agradáveis e tomar conhecimento que acabara de ocorrer um atentado naquela cidade.

O problema estaria resolvido e o alívio seria o maior, não fosse o facto de ter a minha avó de quase 90 anos e o meu primo de 16 anos, enfiados naquela cidade em estado de sítio.

A única preocupação passou a ser a minha avó, que apesar da idade avançada, se encontra perfeitamente lúcida e de boa saúde, mas sozinha em casa e sem sabermos se a mesma teria ligado a televisão e percebido o que se estava a passar, dado termos tido notícias de que o jovem se encontrava bem e retido no colégio.

Felizmente, dias antes, o aparelho que permite aceder ao canal de televisão portuguesa avariara e por esse motivo a minha querida avó não o ligou e portanto não se apercebeu de nada.

Foram momentos de muita ansiedade, mas felizmente existem pessoas fantásticas, a quem podemos chamar de amigos, além de vizinhos, que sabendo da ausência dos meus tios, se dirigiram de imediato à sua casa e fizeram companhia à minha avó, evitando, assim, o pior.

Os meus tios só hoje conseguiram regressar e todos se encontram bem, mas agora, passada a ressaca, só me questiono onde iremos parar... Que mundo é este em que vivemos e para onde caminhamos? Que pessoas são estas, que em nome de uma religião matam pessoas inocentes, sem qualquer problema? Que instituem o medo e estão a consegui-lo? 

Infelizmente, a minha intuição, apressa-se a fazer-me sentir, que ainda agora isto começou e não tem fim à vista...

Esmy

domingo, 20 de março de 2016

Silence (Hindi Zahra)





Silence in my heart
And my poor bones are tired
I was lost in the crowd
I was a fool before I knew you
There will be a time
When you will leave
For another one
Easy,
How you can play
How you can say goodbye
But my heart started
And never wanna stop again
My heart started
And never wanna stop
My heart started
And never wanna stop again
You are my homeland
And my sunlight
If you come to me
Sooner or later we will see
The beauty that you said
Will never be
It will grow from the dust and
Will turn to be the best
Cause you know my heart started
And never wanna stop again
My heart started
And never wanna stop
Oh no no no
My heart started
And never wanna stop again
You are my homeland
And my sunlight
You came into my heart
And my world started changing
You are the reason why
I still wanna try
Love
In every places
In every secret parts
And in the silent move
You make over over me
You came to me that day
For a reason I couldn’t say
I just know that from that time
My heart couldn’t resist to your smile
Believe me
Or leave me
I will stay by your side
I will stay by your side
I will stay by your side
I will stay by your side

Felicidade


Dizem que hoje é o dia mundial da felicidade... Curioso, pensei eu, e os outros dias são de quê? Dias assim, assim, frios, cinzentos? Ah, deve ser porque hoje começa a primavera, estação do ano que me viu nascer e que aprecio particularmente, pelo seu desabrochar, recomeço, cores vibrantes e pela sua tranquilidade e serenidade.

Mas voltemos à felicidade, conceito tão difícil de definir e que todos almejamos. Ser feliz é um estado de alma, é sentido com pequenos gestos, detalhes que se destacam, sorrisos cúmplices, paz e serenidade na alma, mas acima de tudo ser feliz é amarmo-nos e aceitarmo-nos tal como somos, mesmo nos momentos mais cinzentos. 

Experimentámos momentos de felicidade e são esses que vão construindo o que somos e o que queremos ser, mesmo que tal não implique ter tudo o que desejamos.

São esses momentos que nos fazem brilhar o rosto, quando deles nos recordamos...

E é tão tranquilizador sentirmos que podemos construir tantos momentos, quantos nós quisermos, quanto mais não seja através do simples gesto de fazermos sorrir alguém...

Felicidade para mim é isto...

Esmy 


terça-feira, 15 de março de 2016

Eu sei e prometo-te...

Eu sei que sou uma torrente de emoções à flor da pele,
Eu sei que posso causar tumultos na mais aberta das mentes,
Eu sei que não sou comum, que não sou linear, constante,
Mas sei que sou genuína, intensa, profunda,
E tu também sabes...
Prometo-te, no entanto, que estarei sempre presente,
Mesmo nos momentos de maior silencio
Quando os rios não correrem os seus cursos
Quando o sol não aparecer e apenas a escuridão existir
Quando pensares em ir para outra dimensão, que não a tua
Prometo-te que segurarei a tua mão e juntos voaremos
E ausentar-nos-emos para um lugar só nosso,
Onde as flores tomam cores nunca antes vistas,
E a imensidão da paz que sentiremos será apenas nossa 
Deixas-me? 

Esmy 


segunda-feira, 14 de março de 2016

Um dia

Hoje o dia começou em tons de arco-íris, sorridente, quente e esplendoroso. Cumpriram-se as metas desenhadas e ainda sobrou tempo para conversas descontraídas e que nos enchem a alma. Sem pressas, nem pressões. 

Foi, no entanto, o dia passando e tal como previsto a penumbra começou a chegar, sem surpresas, não que a mesma não goze de belezas e mistérios desejosos de serem desvendados, mas que hoje não se revelaram.

E chegada a escuridão da noite aproximou-se de mansinho um silêncio insuportável de vivenciar, por ser palpável nas profundezas da alma a sua vontade expressa de que assim fosse.


Esmy 

quarta-feira, 9 de março de 2016

A Mente




A mente é de facto soberba, desde logo porque nos proporciona voos em modo de sonhos, evasões solitárias e simultâneamente tão cúmplices, mas de nada nos servem, se não forem partilhados, nomeadamente sob a forma de pensamentos e opiniões, imprimindo o que nos vai na alma com os outros, seja num simples diálogo, até à mais séria das conversas, ou discursos, proporcionando reflexão e aprendizagem. 

Infelizmente e como muitas vezes refiro, muitos dos que por aí se arrastam com o ar mais pimpão e altivo, deixam habitualmente, e estou a ser sarcástica, o cérebro em casa e se transportam a cabeça é porque ela faz parte do embuste necessário e próprio da sua imberbe vaidade. 

Estou saturada de "pessoinhas" que se acham o centro do universo, que quando abrem a boca, apenas cospem verborreias, como se estivessem a proferir um discurso de alto teor técnico-científico e no final só falta solicitarem aplausos, provocando até no mais simples ser humano, enjoos e sorrisos amarelos.

E eu, pequenina que sou, só quero sonhar, voar com asas pela minha mente e aprender com os voos mais experientes daqueles que me transmitem algo de novo.

Esmy




segunda-feira, 7 de março de 2016

A mil...




Tenho de confessar que decididamente o meu corpo não consegue, nem nunca ganhará terreno aos meus pensamentos...
É uma luta inglória a que já me acostumei. Tenho até a leve sensação que o adoeço, o corpo claro, dada a turbulência a que o sujeito com uma mente ávida de respostas. 
Até já sinto dó do desgraçado que necessita urgentemente de descanso e nem a dormir o deixo em liberdade e sossego. 
Este fim-de-semana foi mais um desses exemplos de total desconcerto. Dormi, mas acordei sempre com a sensação de não me ter ausentado o suficiente, acordando com um trago de frustração por não me sentir descansada.
E os pensamentos,  esses, não me abandonam e abundam, descendo discretamente até ao âmago do meu ser...

Esmy 

sábado, 5 de março de 2016

Ausente







Sinto saudades dos dias em que era o teu raio de sol, o teu amparo.
Saudades de escutar a tua voz e percepcionar o teu sorriso, mesmo sem o ver.
Saudades das conversas sem tempo, dos desabafos...
Saudades do que eras e da tua vontade, da tua força...
Não sei por onde andas,
Não sei o que te ampara,
Não sei quando voltarás,
Só sei que sinto a tua ausência em mim...


Esmy

Mapas e mapinhas...

Este foi o "mood" das últimas duas semanas. Não fiz outra coisa, senão inspirar e respirar para não pirar, se bem que confesso que se não o tivesse feito, alguma bomba astronómica desceria céu abaixo, ou algo do género, nada bonito de se ver. 

Eu que gosto tanto daquele programinha designado por excell, que tanto me ajuda nas minhas tarefas diárias, conseguiu, de modo quase invisível e lentamente, levar-me nos últimos tempos à "loucura" e vontade de estrangulamento compulsivo. 

Desenvolvi com o mesmo uma relação de amor/ódio a tal ponto que já não o conseguia encarar, sem o insultar entre dentes. E isto tudo, porque ele simplesmente me perseguiu, a tal ponto que já não aguentava mais o preenchimento compulsivo de mapas e mapinhas, os quais não tardarão nada a fazer parte do meu quotidiano.

Acho, aliás tenho a certeza, que preciso urgentemente de me tele transportar para uma qualquer dimensão, onde o Sol, esse que teima em aparecer, por uns escassos minutos, apenas, para nos gozar, esteja presente em permanência.

Esmy







quinta-feira, 3 de março de 2016

Distantes








Estão fisicamente distantes, mas mais próximos do que alguma vez imaginaram poder estar. Lêem os silêncios mais íntimos e mesmo assim entendem-nos...

Esmy 

Doar-se sem mais...



É certo que todos desejamos receber, sejam elogios, demonstrações de afecto, atenção e acima de tudo a presença do outro. Mas, a verdade, é que dar, sem esperar nada em troca é dos desafios mais intrigantes e difíceis de conceber numa sociedade, como a em que vivemos nos dias que correm.

Exigimos, mas não transigimos e sem nos darmos conta, muitos de nós, não chamamos a responsabilidade do que somos e acima de tudo, a responsabilidade das consequências das nossas acções.

É de facto necessária muita coragem para se dar, para se "despir" sem esperar nada...

Esmy