terça-feira, 15 de novembro de 2016

Poemas perdidos





Surgiste-me no horizonte das palavras silenciadas,
eras um poema de palavras singelas e sorridentes,
o teu semblante carregado de energia poderosa 
percorreu velozmente o meu ser, outrora adormecido,
enquanto eu te perscrutava avidamente, certa de que a
harmonia residia contigo e os poemas perdidos, 
finalmente se uniam em perfeita sintonia...

Esmy 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Vamos fugir ?




Vamos fugir? Para onde o sol não se desvanece e a brisa do mar nos envolve, enquanto nos demoramos num abraço estreito, que nos retira o fôlego e nos alimenta, graciosamente, o corpo e a alma.
Somos duas almas entrelaçadas, que se complementam e ziguezagueiam numa dança sincronizada em perfeita harmonia. 
Vamos fugir? 


Estupidez humana

Assombra-me o espírito e a razão a estupidez humana nos gestos mais triviais da perene existência, que é a nossa.

O insulto gratuito e a falta de educação de quem é cobarde e se esconde já não me deveriam espantar, mas infelizmente o mundo está virado do avesso e a falta de chá surge vergonhosamente através de palavras escritas, sem o mínimo de pudor e respeito pelo próximo.

Nunca imaginei ser injuriada por escrito e meus caros, acreditem que as palavras proferidas boca fora não têm o efeito nefasto das escritas, as quais para mim se eternizam e provocam um amargo de boca, que não imaginara ser tão ardente. 

Ao fim de mais de 13 anos no exercício das minhas actuais funções e certa de que sempre dei o meu melhor, sou confrontada com a mais vil das realidades, "algumas pessoas enlouqueceram e eu não me dei conta ".

No imediato, posso dizer-vos que pensei em recorrer aos meios legalmente previstos, no entanto, acabei por me conformar com a triste realidade de nada poder fazer, já que a covardia e maledicência só se curam com total desprezo e nada substitui os sorrisos daqueles que ajudo diariamente e que me fazem acreditar que estou no caminho certo.

Como diz a minha querida avó, "vozes de burro não chegam ao céu" e no céu já eu ando..

Esmy 




segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Tonight we fly


Hoje escrevo-te para te contar o quanto a vida é um mistério e que as curvas que contorno conduzem-me a lugares surpreendentes, carregados de luzes ofuscantes e a jardins de perder de vista, encantados por flores de cores quentes e cheiros que provocam sensações divinas, comovendo os meus cílios.

Carrego a alma de fulgor e sigo na tua direcção, apenas movida pela intuição de te sentir por perto e persigo o teu odor único, enquanto me acenas com sorrisos serenos, que me fixam a atenção e me despertam vontades.

Aproximas-te vertiginosamente, enquanto afastas os meus fantasmas, na ternura do teu forte abraço, que me convence que tu existes. Sinto a força empreendida e desapareço no teu aconchego, enquanto me deixo levar por ti para outras paragens, que me demonstram que nada é impossível e que a plenitude é a nossa verdade.

Eu existo, porque tu existes em mim...

Esmy 


sábado, 1 de outubro de 2016

Stay with my heart



O meu coração é um arco-íris exposto numa paleta,
Onde só tu alcanças o pincel e modelas as vibrações
Que sublimemente me percorrem os sentidos,
E cujas ondas vibrantes te preenchem de sorrisos e certezas...

Esmy


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Magia



Entrelaço-me no teu abraço cálido e ternurento,
E cerro os olhos, enquanto pressinto os teus lábios ávidos
Que encerram o beijo que aguardava.
E perco-me em ti, sem pressas,
E nas cores do teu sorriso alcanço a plenitude que é só nossa,
E sigo a magia da tua energia, que me alimenta a alma e o coração.

Esmy



sábado, 17 de setembro de 2016

Mistérios




Hoje passeaste pelas minhas memórias, que embrenharam as minhas leituras e as transformaram em meras palavras. 

Pedi-te, com gentileza, que saísses, mas já dominaras o meu consciente e nada podia fazer, senão conversar com a tua amargura, que não era mais minha.

A serenidade que me preenchia não se compadecia com cores pálidas, mas apenas com a candura de um rosto, que um dia fora o motivo de muitos sorrisos.

Não podia negar o desapego, a ausência, mas a tua voz martelava desesperada, como um apelo que me comoveu. 

Afaguei com delicadeza o teu rosto distorcido pela dor e escutei-te em silêncio, enquanto despejavas gritos silenciados e lágrimas contidas. 

E assim fiquei até te desvaneceres num horizonte, que já não alcançava...

Esmy 






domingo, 11 de setembro de 2016

Palavras para quê?



Ilustração de André Carrilho para o DN de hoje.

Palavras para quê?...

Esmy 

Eyes closed





Colei no teu, o meu rosto gelado pela brisa do mar,
E acedi que a chama, que imanavas, me aquecesse por instantes,
Afaguei,com delicadeza, o teu rosto trigueiro e reluzente
Enquanto absorvia a lisura do teu sorriso esplendente,
E me permitia a sensação da leveza do teu toque,
Cerrando os olhos lentamente para a mente e o corpo
Turbilharem de emoção...

Esmy

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O convidado canino


Como já aqui referi tenho 3 gatos, cada um com as suas características próprias. Adoram o seu espaço, a sua dona, mas acima de tudo são a melhor companhia que poderia desejar.

Pois, a novidade e movimentação iniciou-se ontem com a chegada de um lindo lavrador, negro como os tições, ainda que provisória e a pedido de uma querida amiga, que se ausentou por uns dias.

Já imagino a vossa mente a refletir sobre a doida da vossa amiga blogger, que resolveu enfiar dentro de um apartamento, um Gulliver, aos olhos dos seus inocentes e inofensivos felinos, que mal, cruzaram a vista com semelhante ser, resolverem, literalmente, dar à sola e esconderem-se de forma tão precisa e eficaz, que aqui, a je, chegou a pensar que se tinham evaporado.

Foi uma cena e tanto, que tive de criar duas secções dentro de casa, uma para o Gaspar e outra para os pequenos, a tal ponto, que hoje de manhãzinha, quando o fui passear, tal foi a excitação, que me esqueci da porta de acesso à secção canina, com serventia directa à varanda, totalmente escancarada.  

Imaginem só o meu semblante quando regressei e me apercebi da linda asneira que fizera. Resultado, três gatos a sarandear pelo corredor que percorre todo o bloco e prestes a perdê-los de vista.   

Escusado será dizer que tive de fazer uso de toda a minha sedução para os conseguir convencer a regressarem à segurança do lar. Acabei por conseguir, depois de algum esforço e descobri que uma das gatas, que pensara ter fugido, se escondera em cima da caldeira e de lá não mais saira, espreitando, de vez em quando e sorrateiramente, com um ar aterrorizado.

Conclusão: um dia forçado de férias e estudo profundo das melhores e mais eficazes estratégias, para o saudável e seguro convívio, dos próximos dias, que se adivinham agitados :) 

Esmy 



quinta-feira, 8 de setembro de 2016

C. e J.



C. tinha apenas dez anos, com maturidade acima do esperado, menina de olhos doces, de um azul cinza raro, de pele cor da neve, com o rosto pintalgado de sardas e um cabelo fino, mas com brilho a oiro, características que tornavam singular a sua beleza, rara por aquelas bandas, num local recôndito, com vales e montanhas, pejadas de pinheiros e flores silvestres de cores suaves.

J. acabara de regressar de África, para onde fora atirado ainda um infante e regressara do alto dos seus 17 anos, já semi adulto e sujeito às maiores provações. Era altariqueiro, desengonçado, de pele morena e olhos castanhos, expressivos e discretos, mas que não passavam inócuos ao olhar mais perscrutador.

C. não lhes resistiu, mas negou-o com todas as forças, apelidando-o de terrorista e fugindo-lhe desesperada, sempre que com ele se cruzava. Ele observou-a discretamente, desde o primeiro dia que lhe colocou os olhos rapineiros e não mais a perdeu de vista.

J. deleitava-se com o seu cheiro a flores de jasmim, sempre que por ela passava e cerrava os olhos, já cegos de paixão juvenil, enquanto lhe imaginava a suavidade do toque e a aceleração descontrolada do coração, que prometera não evidenciar.

Desconhecia-lhe a idade pueril, já que a altura acima da média e a sua impertinência o fizeram crer tratar-se de uma menina-mulher, que veio, para sua decepção, a constatar mais tarde, tratar-se de um amor proibido, mesmo no decorrer dos anos setenta. 

C., menina persistente, apesar da negação exterior, marcou-o no coração e disse para si mesma, que J. iria ser seu e que demorasse o tempo que fosse necessário, se casaria com ele e faria dele o homem mais feliz à face da terra. Encantara-se por aquele olhar penetrante e misterioso, pela sua discrição e pelo seu jeito desajeitado de ser, que lhe arrebatava, nos seus mais íntimos pensamentos, sorrisos bobos. 

C. e J. dariam início à mais bela história de amor passados 4 anos, desde a primeira vez que os seus olhares se cruzaram, ela com 14 e ele com 21. Enamoraram-se, fizeram juras de amor e quando já mais nada havia a fazer, senão unirem os seus caminhos, J. pediu a sua mão, como exigiam os costumes.

A união deu-se num belo e soalheiro dia de verão, em meados de Julho, C. com 17 anos e J. com 24 não tiveram dúvidas sobre o passo que estavam prestes a dar e decorridos que são 35 anos continuam unidos, pais de três filhos, mas acima de tudo companheiros e inspirados pelo amor que os uniu.

São um exemplo, uma fonte de inspiração e de cumplicidade de almas distintas, mas que se complementam nos mais ternos gestos, exibindo os mesmos sorrisos de outrora e que eu tanto aprecio observar.

Que o vosso amor seja sempre repleto de cores resplandecentes e que as nuvens cinza sejam bloqueadas pela vossa energia única, meus queridos tios.

Esmy 


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Por acaso





Foi também por acaso que me veio cair nas mãos... Deixo-vos, com votos de uma excelente noite, na companhia desta belíssima descoberta de hoje.

Esmy

Fade in to you




A neblina matinal impedia-a de prosseguir caminho pela ponte inacabada. Quem a criara, em sua defesa, fora ela, porque não desejava cruzar-se com aquele rosto aparentemente tranquilo, que um dia apagara das suas memórias...

Esmy 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Setembro






Setembro aproximou-se vertiginosamente e chegou de mansinho, disfarçado de calor e pores-do-sol de cortar a respiração. 

Ela não o desejava, preferia assinalá-lo na agenda, como um futuro longínquo. Aquele mês era sinal de fumaça, de verão inacabado, de dias curtos e noites frescas, mas aquele misterioso resolveu entranhar-se na sua alheada existência, sem aviso prévio, sem que ela o percepcionasse, nem o tivesse convidado a entrar na sua casa de cores quentes e vibrantes.

Não lhe desejava mal, mas suplicava-lhe distância, quando lhe começava a sentir o gosto ardiloso das falsas sensações.

Conhecia-o pela transição, pela passagem subtil, sem aviso prévio, apenas o desejo de que se demorasse mais do que podia, uma vez que ainda não era capaz de encarar de frente os dias encurtados, a queda das folhas, os tons alaranjados da estação que iria dar à luz.

Preferia não ter de lhe desgostar o cheiro, esconder-se algures, mas no fundo tinha a convicção de que o melhor era preparar o espírito e o corpo para a necessária transformação...


Esmy 

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Viajar

Tenho fascínio, desde que me conheço, pela descoberta de novos lugares, espreitar novas culturas e pela adrenalina própria e presente nos dias, que antecedem cada viagem que faço.

Posso dizer que se pudesse e o "tempo" me permitisse, correria o mundo sem medos, nem final à vista, tal a sua imensidão.

Preparo meticulosamente cada viagem que faço e quem habitualmente me acompanha deixa ao meu critério todas as escolhas necessárias, dizendo-o, muitas vezes, em tom de graça, que caso me vier a fartar do que faço, terei emprego garantido na programação de viagens à medida.

É de facto algo que me dá um prazer imenso e já o fiz para alguns amigos, passando horas a investigar profundamente cada um dos destinos, que decido conhecer, mesmo que não os venha a concretizar de imediato. 

Acreditem, mas já tenho dois roteiros completos de duas viagens, que penso fazer, quando a oportunidade chegar.

A sensação que sinto na descoberta de cada um dos destinos, ainda que virtualmente, nunca dissipou o prazer da novidade, dos cheiros que se sentem, do desconhecido que se mantém, uma vez que só a presença física nos permite a proximidade e a vivência de emoções, que retemos para sempre na nossa alma e memória.

Ainda hoje recordo cada um dos locais por onde passei, os rostos daqueles que conheci, o cheiro a maresia e a terra queimada, imediatamente antecedida de uma chuva intensa, o contato com a natureza em estado puro, a interação com animais, que sempre fizeram parte do meu imaginário.

Considero-me uma privilegiada, uma vez que já arrecadei algumas experiências, que me marcaram e me acrescentaram conhecimento.

Esta é uma das minhas facetas, acabo de chegar de férias e já penso na próxima viagem,  mesmo que ainda me reste um ano de trabalho, para que a possa concretizar.

Costumo dizer que sonhar ainda é grátis e portanto vou sonhando através das pesquisas e das anotações numa folha simples de excel.

Esmy 

Who wants to live forever




Hoje completaria 70 anos... Fica a homenagem. Continua, no entanto, vivo através das suas músicas intemporais!

Esmy

domingo, 4 de setembro de 2016

Stranger




Caiu em tentação e foi rever o que não devia... Agora, tem a certeza de que estava certa, de que a verdade é sempre o caminho. 
Sentiu saudades, mas não abdica do que conquistou e por isso não há lugar para estranhos...


Esmy 


sábado, 3 de setembro de 2016

Falhar

Falhar é certamente uma das realidades humanas, que encaramos com maior medo.

Ninguém está preparado para falhar, seja consigo mesmo, seja com os outros, no entanto falhar é muitas vezes a única via para o crescimento interior, mesmo que tal experiência implique sofrimento, ardor na alma, revolta e até negação.

Com o tempo percebemos o quanto somos pequenos, impotentes e até ingénuos nas escolhas que levamos a cabo, percepcionando tarde demais que poderíamos evitar algumas agruras, se usássemos com sabedoria a nossa inteligência emocional.

Não é menos verdade, que somos detentores desse poder, o qual descuramos em momentos determinantes, por estarmos demasiadamente centrados no acessório.

Desejamos ser felizes, muitas das vezes a qualquer custo, sem escutarmos o coração, a vida nas suas ardilosas armadilhas, que encerram o nosso destino e nos encobrem os olhos, já desatentos e deslumbrados com aparentes sensações, que mais não passam de ilusões.

Esmy 

Mary


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

I won't complain




Penso que já a publiquei neste cantinho. É simplesmente soberba e hoje fico-me por aqui, desejando a todos uma excelente noite. Voltarei um dia destes, já que a falta de tempo me tem impedido de vos seguir.

Esmy 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Por favor, posso gozar o verão em paz?

Quando começas a receber mails com promoções para o fim do ano e dás por ti a pensar que já só faltam quatro meses para o dito e ficas em estado semi depressivo, a fixar feita anormal o visor do telemóvel e concluis que nem o Verão te deixam viver em paz.

Passa-se o mesmo com as montras das lojas, que já exibem a nova coleção. Give me a break e deixem-me gozar pelo menos mais um mês deste tempinho maravilhoso.

É um facto, detesto o Outono e o Inverno, por isso deixem-me sossegadinha, pode ser?!

Acho que vou outra vez para a ilha :P

Esmy 


Sismo

Hoje acordei com a notícia trágica do sismo ocorrido durante a madrugada no norte de Itália. Confesso que entrei em pânico, uma vez que não tinha a certeza se amigos muito próximos estariam, como é habitual, de férias perto daquele local. 

Felizmente estão bem, mas não deixa de me passar pelo pensamento, que já não bastem as tragédias provocadas pelo homem (estas evitáveis, se não vivêssemos num mundo de loucos e desprovido de sentido), ainda sejamos surpreendidos por fenómenos naturais, sem que os possamos prever, mas que são a realidade deste universo.

Resta-nos rezar pelas vítimas e que rapidamente consigam recuperar, dentro das suas possibilidades, certa de que ninguém está preparado para tais circunstâncias. 

Esmy 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Amor verdadeiro

Há pessoas destinadas a ficarem juntas, uma vez que o amor que sentem uma pela outra é genuíno, carregado de simbolismo, mas também de agruras, próprias de um relacionamento a dois.

É certo que por vezes, um dos elementos o coloca em causa e distrai-se no caminho, provavelmente sem intenção, apenas porque se sente incompreendido, muitas vezes sem razão de ser.

Cruzam-se no caminho outras pessoas, que não percebem de imediato a importância da sua presença e  mais tarde, depois de repousarem o espírito, dão-se conta de que ninguém se cruza por acaso. Que as respostas às suas questões estão à vista e uma vez que são honestas, consigo mesmas, não aceitam a infelicidade de terceiros, que nada fizeram de mal, para se tornarem vis e incorretas. Quem é digno, perdoa, avança e fica feliz com o reencontro da paz conjunta, da vontade de arriscar, do triunfo do amor verdadeiro. 

Aproveitem, porque o Amor é raro e que o futuro seja pejado de sucessos conjuntos, porque só assim faz sentido.

Esmy 


domingo, 21 de agosto de 2016

Matilde

Não tive a sorte de sentir a beleza da maternidade. Confesso que impus um limite e esse já se desvaneceu nas agruras do tempo, inicialmente com algumas dores, as quais se foram apagando no meu imaginário e sobretudo no coração.

Vivo hoje uma cumplicidade distinta, isto porque, vi nascer uma menina no ano de 2012, que mudou a minha perspectiva do mundo e preencheu a minha alma e a minha existência de amor incondicional, quase apostaria, semelhante ao de uma mãe, apenas distinto, pelo facto de não a ter carregado, nas entranhas, durante 9 meses. 

É a minha princesa, a minha sobrinha, a Matilde! Amo-a, como se a tivesse trazido a este mundo de loucos e ela, a mim, de igual forma. 

Somos cúmplices, sopramos palavras eternas aos ouvidos uma da outra e já não conseguiria imaginar a minha existência efémera, sem a presença deste ser maravilhoso, que possui o dom de arrancar, nos momentos mais duros da minha vida, o maior dos sorrisos e de me afagar a alma.

É a minha razão para continuar, para acreditar num mundo melhor e acima de tudo, o meu maior amor, se é que é possível dosear, ou tentar descrever a sensação sublime, que me percorre os sentidos, sempre que a observo perscrutadoramente. 

É igualmente o meu desafio, a minha grande responsabilidade nesta vida, certa de que o meu papel será igualmente fundamental na sua educação e evolução. 

Sei que me espera um percurso difícil, mas igualmente desafiador e que acolhi de coração e braços abertos, ciente do dever que me cabe, enquanto tia e madrinha.

Amo-te, minha princesa linda! 

Esmy 



sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Rir ou chorar, eis a questão?

Não sei se chore, ou se ria. Andam por aí umas criaturas, não, não falo dos que se ocupam a caçar pokemons, mas de outras que se incomodam com trivialidades e com a vida alheia. Pelos vistos há quem se sinta e muito. Pena é, que do lado de cá, exista inteligência suficiente para ler nas entrelinhas. Vá, não se aflijam, que ainda há mais novidades para mostrar :) Conselho, não procurem o que vos incomoda, mas fujam de preferência para longe. Ai criaturas, criaturas, não sei se ria, não sei se chore...

Esmy 

Lighthouse


Never apologize



Pelos vistos, há quem pense o contrário, mas prefiro ser assim, a esconder-me atrás de uma capa. É certo que corro riscos, mas não consigo ser de outra forma. Que eu tenha, sempre, o bom senso para distinguir o essencial, do acessório e se  necessário for, afastar o que nada me acrescenta...

Esmy 

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Desabafo

Hoje passei-me, confesso. Tive um daqueles momentos, em que me apeteceu fazer umas acrobacias de alto nível artístico, com uns movimentos sincronizados, cujo efeito final seria fazer desaparecer o indivíduo, que deve ter estudado profundamente, como irritar uma mulher, prestes a terminar mais um dia de labuta. 

Pois é, ninguém merece, estar bem disposta, a concretizar os seus objetivos e ser interrompida por um  alucinado que queria, porque queria, colocar como domicílio, " um viaduto debaixo da ponte "! 

Eu não acho normal, sinceramente! Decididamente, a nossa saúde mental anda nas ruas da amargura e  se nada é feito e rapidamente, quem acaba mal, somos nós, os desgraçados, que inadvertidamente nos cruzamos com estas almas!

Pronto, desabafei e já contei até 10 :)

Esmy 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Caminho

Caminho sem pressas,
sem destino, ou direcção,
já pouco me importo com as incertezas,
as respostas, ou as promessas perdidas,
mas apenas com a plenitude alcançada.
Abraço o ar que respiro, sorrio timidamente,
e delicio-me interiormente com a paz que sinto.
Já fui o que já não sou,
e mesmo assim, pouco me importam
as vozes malévolas, os sons inoportunos,
que me querem arrastar para onde já não pertenço.
Abstraio-me e retomo o caminho,
que de certo me conduzirá a paisagens
luzidias e de cores quentes,
onde os abraços estarão presentes
e cobrirão o meu corpo
de energia inebriante

Esmy



terça-feira, 16 de agosto de 2016

Satisfação interior




"Há uma paixão superior a todas: a satisfação interior pelo bem que fazemos aos outros." (Descartes)

A melhor sensação que podemos experienciar, depois de um dia de trabalho extenuante, passa pelo sentimento sublime, que nos corre pelas veias e nos faz acreditar que estamos no caminho certo, quando concluímos que o nosso esforço não foi em vão, junto daqueles a quem dedicamos o nosso trabalho.

Recebermos um sorriso enternecedor e um muito obrigada não têm preço, nem descrição possível.

Recebemos, retribuímos e acomodamos num cantinho especial para mais tarde, no regresso a casa, saborearmos mais um dia prodigioso, com a companhia de uma belíssima música, como a que acima publico.


Esmy 





segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Acasos

Para quê tentar explicar o inexplicável? A vida é um conjunto de acasos, que mal, ou bem, são necessários, para evoluirmos neste mundo pejado de almas múltiplas.

Há quem se dê ao trabalho de tentar demonstrar por palavras, perdendo tempo precioso com discursos, quando o melhor mesmo é viver, sentir, respirar...

E não existe nada mais maravilhoso do que respirar novos ares, rir sem motivo e cumprir a promessa de ser feliz! 

Estou prometida e comprometida, sem reticências, porque nada acontece por acaso...

A vida é uma montanha russa, com declínios e ascendências inexplicáveis, mas cujos responsáveis somos nós, sem por vezes,  nos darmos conta da importância dos nossos passos.

Ainda bem que há liberdade em tudo dizer e demonstrar 😊

Esmy 

Alma mater





É tão gratificante sentirmos a alma tranquila, amenizada e radiante. 

O descanso, a amizade e a presença de alguns são a fonte do sucesso interior. 

Não existe sensação mais libertadora do que nos permitimos a ser quem somos, sem limitações, a expressarmos o que sentimos, mesmo abrindo um pouco do véu, a nossa história, a verdade nas palavras que exprimimos, mesmo que não sejamos capazes de fazermo-nos entender a quem, na realidade, pouco interessa.

Estarmos em paz é motivo de júbilo e de partilha, apreciem, ou não. Apelido de uma forma diferente a partilha, que outros interpretam como gáudio, mas tão só, de motivo de alegria individual, que muitos apreciam conhecer, porque nos querem bem.

É apenas uma conquista solitária e de cada um nesta vida, já de si mesma misteriosa e sem previsões possíveis.

Que o calor na alma continue para te receber com sorrisos espontâneos e genuínos...

Esmy 

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Sorriam...










Constatações de uma humana, que tenta sorrir e mesmo assim quer o melhor para os outros. 

Quero ver-te sorrir...

Esmy 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Obrigada, Pink!

Existem pessoas que são verdadeiras e surpreendentes surpresas positivas. Mesmo sem as conhecermos pessoalmente e tão pouco existir grande intimidade, acontece aquilo a que eu chamo de empatia sem explicação.

Falo-vos da querida Pink Poison, que sem me conhecer e pouco saber sobre mim, me enviou um envelope com uns miminhos da sua terra natal, o Algarve.

Obrigada, de coração! Mereces o melhor, mesmo não sendo compreendida por pessoas, que não interessam a ninguém. 

Nunca te esqueças, que és genuína e quem não gostar que "meta rolhas". 

Estou farta de falsas hipocrisias. Quem não gosta, que não te visite e ponto final. Força, minha querida, porque vozes de burro não chegam ao céu 😊

Esmy 

Be Ok


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A união

Cheguei na hora marcada e desci a vereda até ao jardim, exemplarmente cuidado e decorado, para a ocasião especial.

A vista de cortar a respiração, o frenesim dos últimos retoques, o sol radiante faziam antever um acontecimento sublime.

Ia fazer o que mais gosto, celebrar a união, o amor conquistado por um casal maravilhoso e certo do caminho tomado.

Não há nada mais gratificante do que partilhar um momento tão importante e especial, como a união de um casal, que decidiu construir um projecto em comum, onde claramente se percepciona a maturidade, as vozes em uníssono, a partilha de um caminho, certamente que irregular, mas assente em pilares estruturados. 

O Amor verdadeiro é raro e tê-lo no coração é uma benção que devemos preservar acima de tudo.

Ontem senti esse Amor espelhado no rosto de duas almas, que decidiram dar um passo de gigantes e com imensa coragem unirem os seus caminhos.

Para os meus amigos só posso agradecer o facto de me terem permitido partilhar esse dia repleto de energia vibrante e torná-lo oficial 😊

Que o Amor que vos uniu, vos acompanhe o resto das vossas vidas...

Esmy 

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Rir é o melhor remédio 😊




Rir faz bem, mesmo quando rimos de nós mesmos. É contagiante e liberta boas energias. Adoro rir e soltar boas gargalhadas. Este vídeo é um bom exemplo disso. Delicioso 😊

Esmy 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Parabéns, Mariana ❤️




Hoje acordei, lembrei-me de ti e sorri, porque hoje era o teu dia e certamente não gostarias que ficasse triste, já que, essa atitude não era de todo a tua imagem de marca, mas tão só, a simplicidade da alegria, mesmo nos dias mais cinzentos.


Abandonaste-nos nesta vida física, mas nunca me esqueci de ti, da tua alegria contagiante, da tua vontade incontrolável de viver e de estar sempre acompanhada, por aqueles que gostavas e amavas de coração.


Hoje quero apenas soltar gargalhadas, quero fechar os olhos e sentir o teu sorriso genuíno e o ânimo que transmitias a todos os que faziam parte da tua existência.


Passe o tempo que passar estarás sempre no meu coração e nos meus pensamentos, minha querida amiga Mary Poppins.


Always love you

Esmy 


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Nothing really ends


A perda

Nunca experienciara a perda de um amigo, aliás de alguém que considerava mais do que um mero amigo.

É doloroso, e mesmo quando a decepção é ultrajante, no meu coração nunca houve lugar para o ódio, palavra que abomino, quando muito, alguns momentos de raiva, de sensações contraditórias, mas nunca de sentimentos vis e vingativos. 

Nunca tive inimigos e arrepio-me só de pensar que alguém me sinta dessa forma.


Eventualmente, concluo que nem sempre o faço entender, mas a vida mostrou-me que, se por um lado as novas tecnologias aproximam as pessoas, também as afastam a um segundo de um clique. Não se matam no coração, matam-se virtualmente e pronto, está o assunto resolvido de forma rápida e indolor, excepto para aquele que se apercebe que de certa forma incomoda.

Um dia seria o meu dia e foi, mesmo não querendo comunicação, a história e as memórias não se apagam e recordarei o melhor, mesmo que a tristeza esteja sempre na retaguarda.

O perdão já foi levado a cabo nesta vida e só o tempo ditará a sentença que todos necessitam, nada mais, nada menos do que viver em paz, mesmo sem a presença de alguns que já foram nossos pilares. 


"....O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar. " Miguel Esteves Cardoso

Até um dia na eternidade...

Esmy

quinta-feira, 28 de julho de 2016

A conversa alheia

Entrei, distraída e absorta nos meus pensamentos, na confeitaria da moda, e sentei-me numa mesa com vista para o mar, enquanto aguardava a disponibilidade, de um dos funcionários, para fazer o meu pedido.

Enquanto, isso, deslumbrava-me com o bater das ondas em espuma branca sob as rochas esverdeadas pelas algas e sem dar por mim, tornava-me numa daquelas alcoviteiras,  a escutar a conversa alheia da mesa ao lado, entre um casal, ele mais fácil de descrever por se encontrar no meu campo de visão e ela sentada lateralmente, de perna cruzada, num belíssimo e discreto vestido, bem a meu gosto, pensei. Ele observava-a, com olhos penetrantes e descrevia ao mínimo pormenor, a história de uma suposta alucinada, que por ele se apaixonara, com rasgos de prazer mesquinho, enquanto continuava o seu discurso bem estruturado, típico de um homem bem falante e até galanteador.

A caída em desgraça era agora, segundo o expert, uma mulher sem rumo, a precisar urgentemente de atendimento médico especializado, porque nada fizera para que se desse aquele desfecho. A criatura acreditara piamente que ele era o homem da sua vida e vá-se lá saber porquê, começou a fantasiar uma relação que nunca existira, mas tão só uma troca inocente de mensagens, porque a dita, certamente nunca percebera, que ele apenas gostava de dar duas de letra, não obstante ter admitido que a visitara em tempos e passara uns bons momentos, mas nada demais, porque o seu coração já tinha dono há muito, embora com interregnos passageiros.

Custava-lhe ter de lhe dizer tudo aquilo, mas não lhe restava alternativa, até porque, apesar de fantasiosa, exercia um cargo de notoriedade, e já detinha experiência de vida, para não cair num esparramo daquela natureza.

Ela escutava-o silenciosamente com um sorriso derretido e a dada altura, perguntava-lhe se não teria havido, da sua parte, alguma irresponsabilidade, questionando-o sobre o facto de possivelmente o equívoco se ter criado por omissão.

Fui, entretanto eu própria, interrompida pelo empregado de mesa, acerca do pedido, que imediatamente levei a cabo, por já ser naquele estabelecimento, muito a meu gosto, cliente habitual.

Quando, finalmente fiz o pedido, já o casal se desvanecera do meu horizonte e dei por mim a pensar na suposta alucinada e a questionar-me se existiriam, verdadeiramente, pessoas tão ingénuas, que pudessem criar uma tão grandiosa fantasia e ao que tudo indica, alguém com formação acima da média.

Em pensamento passou-me a ideia de que ela, até teria imaginado a sua vida, a sua formação e quem sabe, seria mais uma extra-terreste neste mundo, esse sim, pejado de loucos,  que a cada passo nos entram televisão adentro carregados de terror gratuíto.

Soou-me mais a pompa, do que a qualquer outra realidade e que eu, do alto dos meus 44 anos, ainda conseguia ter o discernimento para distinguir o principal do acessório, do fogo de vista, que mais não passava de puro gáudio, de alguém mesquinho e sem palavra.



Esmy



quarta-feira, 27 de julho de 2016

Pessoas a preservar ❤️



E aquelas que me conhecem e sabem quem sou.  São aquelas pessoas especiais que jamais perderei de vista. A minha família que amo incondicionalmente e os meus amigos de décadas, outros mais recentes, mas que me escutam com o coração e que já me retribuiram a sua amizade e amor incondicional. 
Felizmente que as minhas mãos estão cheias e o meu coração também.
Obrigada, por fazerem parte da minha vida e por não me fazerem desistir nos piores momentos. 

Esmy

sábado, 23 de julho de 2016

Não há...

Não há mar que apague o vazio que levo no peito,
Não há cheiro a maresia, que explique a vantagem do que foi conquistado, face à imensa perda,
Não há céu azul, limpo de impurezas, que devolva a confiança que depositei,
Não há paraíso que reponha a estabilidade, que houvera conquistado,
Não há nada pior, do que não conseguir deixar de sentir um imenso frio na alma...
Não, não há...

Esmy 

quinta-feira, 21 de julho de 2016

As miúdas da vida airada 😊

Somos quatro, as meninas da vida airada, que há três anos não se reuniam, como habitualmente nas férias anuais.

Este ano voltamos a agruparmo-nos e acreditem que já sentia saudades das minhas queridas companheiras de aventuras mundo fora.

Apresento-vos a Lurdes, a devoradora compulsiva de fruta, a Marta, a fotógrafa expert e a Sílvia, perita em saltos 😃

A Lurdes, apesar de nos ultrapassar em idade, representa a genica em pessoa, sempre pronta para tudo, desde que não envolva aventuras submarinas. É uma excelente ouvinte, com um bom gosto irrepreensível, no que diz respeito a trapinhos e afins. Querem ver a Lurdes feliz e com um sorriso aberto, levem-na a um bom centro comercial, ou, então coloquem no seu campo de visão uma variedade infinita de fruta e aí vão ver o que é o cúmulo da perdição...

A Marta, a minha aquariana e resmungona favorita, como lhe chamo,  é inteligência em acção, não lhe escapando ao humor sarcástico, as tiradas e falhas da sua amiga, Esmy, que a acusa de bulling 😜
Na verdade, é que férias em pleno incluem esta menina franzina, com uma assertividade exemplar e que me conhece como ninguém e me acalma quando mais preciso, exercendo as funções de fotógrafa de serviço.

A Sílvia, a mais calada e discreta das quatro, adora aventuras e desafios. Observadora e astuta, boa conselheira, é também com a sua companheira de aventuras, a Marta, a perita em me fazer dizer os maiores disparates, que mais pareço, na presença de ambas, uma menina com problemas de dicção e a precisar de tratamento urgente 😂

A realidade é tão simples quanto isto;

Somos unidas, amigas, respeitadoras do espaço de cada uma e a prova de que a amizade é uma benção nas nossas vidas.

Que muitas outras viagens nos reúnam e continuem a fortalecer a união singular, patente na diferença de cada uma das protagonistas e que acima de tudo a vida nos sorria.

Obrigada por fazerem parte da minha vida...


Esmy



sábado, 16 de julho de 2016

Devolver-me

Têm sido dias intensos, com tempo para tudo, até para o que não se deve. O som do mar, em tons esverdeados, assim como as suas águas cálidas alimentam o espírito e as sombras das palmeiras permitem colocar a leitura em dia e refletir com serenidade. 

O corpo já começa a reconhecer a energia e a recompor-se, já a alma, essa, vive um dia de cada vez, distante do ideal, mas sem armaguras e palpitações, apenas pequenas tristezas e com a convicção de que o futuro reservará alegres surpresas.

Não, não desejo mal a ninguém, bem pelo contrário e não pretendo viver o que não me pertence. 

Desejo paz para mim, como para todos aqueles que fazem e fizeram um dia parte da minha existência.

Que a vida vos sorria e o amor esteja sempre presente nas vossas vidas é o melhor que posso desejar  a todos e aguardar que o tempo me reconstrua e me devolva a mim mesma. 

É apenas o que lhe peço...

Esmy




terça-feira, 12 de julho de 2016

Ser Eu

Encontrar o caminho de volta é doloroso, principalmente quando não sabemos onde está o norte...

Calculamos milimetricamente os passos que damos, as palavras que proferimos e acordamos um dia sem perceber onde erramos, qual o nosso papel numa história que pensámos ser a nossa, mas que afinal não passava de uma fantasia, estupidamente criada por nós e que a vida de forma cruel nos demonstrou não sermos nada. 

Invertem-nos os papéis e passamos a ser os alucinados, os loucos descontrolados, os figurantes que apenas serviram um propósito, que por sermos os anormais não conseguimos entender, enquanto as personagens principais se deliciam mutuamente e fazem questão de o deixar bem claro.

Prefiro ser a louca, a não ter a alma cheia de amor, daqueles que realmente valem a pena ter por perto e que me iluminam os dias com estímulos positivos e afirmam "tu és fantástica e nunca te permitas pensar o contrário".

Só quero ser eu, nada mais...

Esmy 






quinta-feira, 7 de julho de 2016

Um até já



Este passou a ser o meu lema, o meu propósito e o meu compromisso comigo mesma. Congratulo-me com as minhas estrelas gentis, que me acompanham, umas há mais tempo, que outras, mas que independentemente do tempo decorrido são os meus pilares e que me dão aquele abraço apertado quando mais necessito.

O merecido recolhimento e descanso aproximam-se vertiginosamente e sei que chegam no momento certo. 

Terei finalmente direito à evasão que tanto desejo, à eliminação das energias negativas, que teimam em me invadir o espírito.

Só lamento, não poder ver a minha seleção em direto, pois vou estar enfiada dentro de um avião. Resta-me a esperança de que o Sr. Comandante nos coloque o relato em direto e será uma experiência única :)

Venham o sol, a alegria e o mar de cor verde...

Um até breve.

Esmy 

Everybody hurts


terça-feira, 5 de julho de 2016

Caixa de chocolates II

Lembram-se da caixa de chocolates que guardei religiosamente? Pois, a verdade é que ela agora irá ter outra finalidade. 

Nela embrulharei as memórias que não quero recordar, a água salgada que derramei dias a fio, a sensação de perda irreparável, de decepção e incompreensão por muito que me queiram explicar o inexplicável.

Enterra-la-ei num local distante, e cumprirei as honras fúnebres que se impõem.

Farei um control alt delete e continuarei sem olhar para trás, caminhando estrada fora na esperança de  descobrir a paz que tanto necessito e que detinha.

Serei feliz e tu também serás...

Esmy 

sábado, 2 de julho de 2016

Paz






"Descobri que o mais alto grau de paz interior decorre da prática do amor e da compaixão. Quanto mais nos importamos com a felicidade de nossos semelhantes, maior o nosso próprio bem-estar. Ao cultivarmos um sentimento profundo e carinhoso pelos outros, passamos automaticamente para um estado de serenidade. Esta é a principal fonte da felicidade."
            Dalai Lama

E neste momento, mesmo com más interpretações, apenas peço paz...

Esmy

Devagar


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Repor a verdade







Repor a verdade quando somos caluniados não poderá nunca ser apelidado de traição e de perfídia.
A verdade pressupõe honestidade e sinceridade e quando é quebrada a confiança não há amizade, nem amor que resista, restando a decepção e a sensação de perda irreparável.
Nada justifica a mentira e a dissimulação quando a mesma foi questionada, em momentos de dúvida.
Começo a convencer-me que dizer a verdade é um acto de coragem e de integridade, e cada vez mais raro, portanto nada justifica tentar inverter os papéis, como se o vilão fosse aquele que a repôs.

Esmy 



quarta-feira, 29 de junho de 2016

Mar adentro

Caminhei sem rumo certo, completamente alheada do mundo, das cores vibrantes do verão, dos ruídos e do perfume delicado das flores. Não via, por quem por mim passava e sorria, aliás o meu corpo não estava ali, todos os meus cinco sentidos se tinham ausentado e caminhava sonâmbula, como se o trajeto estivesse gravado no meu cérebro.

Nada, nem ninguém me fazia sair do estado de transe, em que me encontrava, e isto porque, outra alternativa não me restava, sob pena das dores dilacerantes do meu corpo e da minha alma se voltassem a revelar e não me dessem descanso.

Queri-as esmagar, estrangula-las com toda a energia que ainda contivesse dentro do meu ser, até que acordei, por fim, sentada na areia de uma qualquer praia, completamente encharcada pela revigorante água do mar. 

Levantei-me e entrei mar adentro para não mais voltar, enquanto o meu corpo se ressentia com a força das ondas, e eu me deixava levar pela profundidade e me transformava, como num sonho, numa sereia de cores brilhantes.

Sentia-me finalmente livre do inferno terreste, em forma desenhada de suposto humano, que me engolira a confiança, a verdade, a honestidade, a pureza, o amor, a delicadeza e acima de tudo a esperança. 

Esmy 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Infância

Sinto saudades da minha infância, dos dias coloridos, em que as únicas preocupações eram as cópias, a letra redonda e aprender a tabuada de forma exemplar, para de seguida sair porta fora e esfolar os joelhos e as pernas até à exaustão, provas que ainda hoje guardo no corpo.

Guardo com nostalgia as férias de Verão, na casa dos avós, onde o perigo não existia, e se podiam gualguar montes e subir árvores, tal e qual as aventuras da Enid Blyton, que todos nós devorávamos, como se não houvesse amanhã.

Eram semanas de reencontros, através dos quais uma pequena aldeia triplicava os seus habitantes, conjuntamente com os preparativos para a festa popular anual, na qual todos participavam com entusiasmo e afinco.

Arrebitada, que já era nessa época, sonhava ser adulta e poder fazer tudo o que me era vedado. Mal eu sabia, que estava a viver a melhor fase da minha existência e que o futuro, de forma amarga, me iria demonstrar essa verdade irrefutável.


Hoje, e apenas por uns dias queria regressar a esses tempos remotos e assim acalmar a alma de uma mulher adulta, que não se quer perder, mas que não encontra, por enquanto, o caminho de regresso à paz que tanto lutara para alcançar, mas que se desvaneceu como um um castelo de cartas.

Esmy 

Thruth









O homem de palavra fácil e personalidade agradável raras vezes é homem de bem."
Confúcio

domingo, 26 de junho de 2016

Estudar o esquecimento

Devia estudar o esquecimento.

Sentia a necessidade de me libertar do desejo. Não devia querer nada.
Não devia sentir afetos. Acima de tudo, nada de atracões.
Devia renunciar a toda a esperança, planos, felizes expectativas.
Devia estudar o esquecimento. Devia dar cama e mesa ao silêncio
e pagar propinas ao vazio. Mesmo a mais ténue luzinha de desejo
devia ser apagada. Todos os fios deviam ser arrancados
até que todos os mecanismos deixassem de funcionar
e todos os ponteiros apontassem para zero.

"Edmund White - A vida privada de um rapaz"


Neste momento apenas quero esquecer, que mesmo com 44 anos ainda me engano e pior deixei-me enganar. Sorte a minha que a minha intuição acabou por me acordar a tempo. Eu acredito em Deus e que de uma certa forma nós temos uma função neste mundo, quanto mais não seja ajudar quem nunca imaginámos. Sinto-me grata quanto a essa parte,  quando ao resto, quero apagar definitivamente das minhas memórias e começar do zero e esperar que a minha passagem venha a servir no futuro para que alguém tenha aprendido, que a culpa não é dos outros e que a alma caridosa que tem nas mãos não o queira esquecer e tenha a merecida felicidade e tudo a que tem direito.

Esmy 

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Momentos

Há momentos em que o melhor é silenciar
Abrir um sorriso e esbanjar alegria,
E acreditar que amanhã,
O sol voltará em toda a sua plenitude,
E deixar que a brisa do vento
nos mostre caminhos de luz,
Onde a Paz, o silêncio, a consciência tranquila,
A ausência de pressa e de pouca lucidez
Sejam apenas os irmãos generosos
Deste momento de introspecção


Esmy

Maria Bethânia e Chico Buarque


Maldade

Passam-me pelo imaginário personagens com várias tonalidades, algumas dispo-as, sem qualquer tipo de problema e em poucos segundos de absorta introspecção, retiro-lhes as medidas, sem que se dêem conta.

Outras, intrigaram-me profundamente, admirando-as em silêncio, pelo facto de conseguirem efeitos perversos sobre pobres inocentes, que apesar da inteligência que lhes é inata, não conseguem admitir a pura maldade que lhes corre nas veias.

Independentemente do desequilíbrio de que possam padecer, aliás, todos nós sofremos um pouco dele ao longo da nossa existência, já a maldade é intrínseca, nasce com a pessoa. Não acredito que as pessoas se tornem más, assim de repente, é algo a montante, que poderá apenas despolotar a jusante, face a diversas circunstâncias, que acordam a verdadeira essência daquele ser.

É, na verdade, um defeito que me assusta, que me transcende, que me ultrapassa, o simples prazer de fazer mal, porque sim, mas pior, fazê-lo por não obterem  o resultado que pretendiam.

Infelizmente, já me cruzei e continuo a cruzar com almas desta natureza e a única coisa que peço é que não me dirijam a palavra, assim como não lhes ocupe, por qualquer motivo, os seus pensamentos.

Passem os anos que passem, será sempre para mim uma transcendência, a maldade humana. 

Esmy 








quinta-feira, 23 de junho de 2016

Porto de abrigo

Sou o teu porto de abrigo nos dias de tempestade,
Defender-te-ei até à exaustão,
porque neste lar residem a honestidade, amizade, amor incondicional,
porque neste lar não há lugar para segredos não guardados,  tudo o que é dito
é religiosamente escutado e a palavra de ordem
escrita na porta é CONFIANÇA,
nunca te esqueças que estarei sempre presente,
mesmo quando não me puderes observar,
Sou o teu porto, nunca te esqueças...
mesmo que te queiram derrubar!

Esmy


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Um dia...

Um dia vais olhar para trás e perceber
Que uma alma pura se desvaneceu
Perante a crueza do teu olhar
Que a amizade e carinho que
a ti dedicou foi sincera,
Que as brumas dos teus dias
Foram partilhadas sem reclamações,
Um dia vais perceber que as plantas
do teu quintal foram regadas, semeadas
E delicadamente cuidadas,
Um dia vais perceber...
E já cá não estarei,
Restando, tão só, o retrato amarelado
De uma recordação...

Esmy

terça-feira, 21 de junho de 2016

Presunção e água benta...

Há pessoas que se consideram o centro do universo e o último pedaço do momento, como se o universo fosse uma realidade só sua e os outros que cá andam fossem os imberbes e imbecis do momento.

Presunção e água benta, cada qual toma a que quer, e este mundo está encharcado de seres que tratam os outros por diminutivos, só para se sentirem superiores, não enxergando o ridículo a que se sujeitam.

Estou farta de semi deuses, de donos da verdade e da razão e confesso que me divirto interiormente ao lhes sentir a kilómetros o cheiro a podre e maledicência. 

São uns infelizes que mais não fazem senão tolher a vida aos outros e ainda do alto da sua soberba se dispõem a interpretar o papel de falsas vítimas, com lágrimas de crocodilo.

Atacam deliberadamente quem ouse entrar no seu pseudo território, que não passa de uma ilusão, mas cegos que estão de vaidade, não entendem, que até os bens de que são proprietários, um dia poderão perder e mesmo que assim não aconteça, não os levarão para a cova.

Somos seres passageiros, e apenas donos das nossas vontades, já que o futuro a Deus pertence e ninguém poderá prevê-lo.

Sejamos capazes de enxergar a realidade e aceitar que existem pessoas que não pretendem passar por cima de ninguém, que se dirigem aos outros com cordialidade e educação, mesmo que isso implique não simpatizar particularmente com aquela pessoa.

É tudo uma questão de educação, escolha e acima de tudo honestidade consigo mesmo.

Posso não ser muito grande, em altura, mas tomaram muitos chegar-me aos pés, até porque o meu nome já é grande o suficiente e não precisa de acrescentos.

Esmy 



segunda-feira, 20 de junho de 2016

Se perguntarem por mim

Se perguntarem por mim,
Não se preocupem que eu fui por aí,
Sem rumo, nem destino certo,
Escusam de enviar recados, pelo pombo do correio,
Que já conheço de cor e salteado,
Não se preocupem, que eu sei defender-me
O caminho a mim pertence
E cada um tem direito a caminhá-lo,
Da melhor forma que pode,
Sou grande, sou mulher, sou genuína
A personagem principal na história, sou eu
Que é minha e que eu decido como conduzir,
Deixem-me que eu voltarei...


Esmy


domingo, 19 de junho de 2016

...



A palavra desistência sempre me causou algum desconforto. Fui educada por uma mãe lutadora , que desde cedo me incutiu disciplina, ambição e independência, não obstante ter vivido sob o seu olhar perscrutador.

Não nasci para agradar os outros, mostro-me sem medos, por ser essencial à minha sanidade mental e por não conseguir lidar com a dissimulação, que me repugna. 

Sou lutadora, mas por vezes a força interior esvazia-se e o mundo parece desabar-me perante os meus pés cansados e a minha alma pede descanso urgente.

Paro, peço-me tempo, mas não desarmo, mesmo sabendo que o futuro é incerto e não depende só de mim e acima de tudo não desisto dos meus sonhos, matando a tentação do abismo.

Embrulho-me no meu escudo e aguardo dias mais cintilantes e reluzentes, enquanto não me permito desabar, nem não me amar acima de tudo.

Esmy 






sexta-feira, 17 de junho de 2016

Ela sabia...

Ela sabia que nada poderia fazer para lhe recuperar o músculo, que apenas batia por ser essa a sua principal função naquele momento.

Os dias passavam-lhe como um mar revolto, em constante frenesim perante os seus olhos desatentos e ofuscados e cujo brilho, que lhes era característico morrera há uns tempos atrás, sem direito a uma despedida à altura.

Adormecera em si a tentação de sair daquela inércia, que já se empregnara na sua alma e ela própria começava a padecer da sua dor, sem se dar conta. Sentia-a como sua e sofria com os seus diálogos silenciosos, que mais queriam dizer, não estou aqui, mas algures em memórias passadas.

Ela, perdida, abria-lhe o coração e a mente na esperança de o trazer à razão e ofertava-lhe algum do seu tempo, a amizade nos mais singelos gestos e cobria-o de alento, enquanto ia ela própria perdendo os dias e as horas, sem retorno.

Ela nada podia fazer, a não ser estar presente e consciente de que nada dependia de si, mas de escutar os silêncios e respeitá-los, mesmo que para tal implicasse, sentir-se abandonada num barco com dois remos...

Esmy 


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Hoje não estou...

Hoje estou aqui, mas na verdade não estou... Estou exausta e imagino-me distante desta dimensão, desta realidade. 

Dou piruetas perfeitas, como uma bailarina experiente, no palco montado e ornamentado para a ocasião, até ficar com o meu cérebro aturdido pela tortura que lhe imponho.

Aqueles que me observam não entendem a perfeição e o esforço investido naquela performance e levantam-se sem qualquer pudor, nem clemência.

Outros vão subsistindo, fixando o olhar e esforçando-se por perscrutar a minha alienação, que os ultrapassa.

Resto eu, absorta e totalmente indiferente ao que se passa, degustando os odores que inalo, sem pressas e aguardando que chegues para me libertares e segurares pelos braços, garantindo-me a segurança e proteção que anseio. 


Esmy 



domingo, 12 de junho de 2016

Remember Paradise




























Completa-se, hoje, um ano que encetei a minha aventura por terras africanas e eternizadas, por Miguel Sousa Tavares, no seu romance, "Equador".

As expectativas eram altas, a excitação e o fascínio pela natureza acompanhavam-me, desde o primeiro momento no qual, eu e uma amiga decidimos escolher este destino para empreendermos uma visita completa, onde o tudo, ou nada, eram as palavras de ordem. Pouco tempo depois seguiram-nos um casal, que muito prezo e que igualmente bebiam da mesma sede de descoberta.

Chegamos de madrugada a um País pobre, mas de um beleza singular e de um calor humano que só por quem lá passou poderá atestar.

Vivi na sua total plenitude a paz que almejava e necessitava com urgência naquele momento e dei-me conta de um povo sorridente e acolhedor, que, apesar das circunstâncias e falta de recursos, imanavam sorrisos que preenchiam profundamente e de forma singular o nosso ser.

Posso afirmar que já fiz algumas viagens por esse mundo fora, mas esta tocou-me particularmente, pelas mais diversas razões e ainda hoje agradeço esta experiência, que estou certa, não me depararei tão cedo.

Não esquecerei o céu estrelado mais puro que vivenciei em toda a minha existência, o som do mar a bater na areia, enquanto me embrenhava nos lençóis e da Paz e plenitude que senti e que tanto procurava.

Ali fui feliz e sem saber...


Esmy