quarta-feira, 30 de março de 2016

Perguntas sem resposta

Não me digam que estou errada, mas quanto mais vivo mais perguntas ficam por responder... Há cenários que coloco em cima da mesa e tento decifra-los da melhor forma que sei e que posso, mas há perguntas que me faço,  para as quais nunca obterei uma resposta aceitável e logo eu que persigo respostas...
Há quem diga que tudo tem explicação e que nada acontece por acaso, que a vida nos coloca perante dificuldades para evoluirmos e crescermos como seres interiores, mas eu olho de fora para dentro e percebo que algo mudou, mas nem sempre consigo alcançar vantagens, bem pelo contrário. Será que a minha essência terá de ser afetada por acontecimentos nefastos? Aqueles que me conhecem profundamente, elogiam a minha aura luminosa, a minha candura perante os outros, mas questionam as minhas atitudes naifs, que me exponho em demasia e eu respondo que não consigo ser de outra forma, a não ser aquilo que sou e que me deixem ser quem sou.
As consequências, essas, começam a transbordar pela minha mente e cada vez menos acredito nas pessoas e lamentavelmente começo a construir barreiras, que com o tempo decorrido se poderão tornar intransponíveis.
Restam-me, poucas, mas algumas almas doces que me acompanham e que me fazem esquecer por momentos as respostas que procuro. 

Esmy

2 comentários:

  1. Eu gosto de dar passeios sozinho, pelo campo, sem poluição sonora e visual que me desvie dos meus pensamentos e, frequentemente, dou por mim a analisar comportamentos de pessoas, algumas das quais julgava conhecer, para chegar quase sempre à mesma conclusão:
    Não adianta fazer perguntas, quando sabemos que as pessoas não as ouvem. Podem abanar a cabeça em sinal de assentimento, mas raramente nos ouvem. Ou ouvem de uma forma comparável à visão periférica, ouvem sem profundidade. Está toda a gente demasiado ocupada para prestar atenção às questões que deveriam preocupar o mundo e como quem não ouve, não pode responder, quem pergunta fica quase sempre sem resposta. Ou com uma resposta tão vaga, quão vago foi o timbre com que a pergunta lhe chegou ao cérebro.
    Será que ainda há cérebros por aí?

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  2. Cada vez mais me convenço, que não chegamos a conhecer verdadeiramente ninguém. Na verdade, considero que muitas delas não se conhecem a si próprias e portanto cada um dá aquilo que pode e que sabe. Mas continuo a achar que temos o direito às respostas que se nos colocam, mesmo que não as consigamos alcançar. Quanto aos cérebros, felizmente ainda conheço alguns, poucos, mas conheço. Obrigado pela sua partilha, a qual demonstra claramente que o seu cérebro está bem agarrado à cabeça e não serve só para fazer feitio :)

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