sexta-feira, 27 de maio de 2016

Os meus gatos




Sou apaixonada por animais, os quais sempre fizeram parte da minha existência, desde a mais tenra idade. Tenho três gatos, a Sasha, o Baltazar e a Fiona, cada um com uma personalidade própria e todos eles adoptados.

Há um deles, no entanto, cuja história e entrada na minha vida foi um fenómeno anormalmente encantador.

Comecei por adoptar a Sasha e não pensava ter mais nenhum gato, quando um belo dia, a minha vizinha mais doida do que eu por felinos, me apareceu com um embrulho, que mais parecia uma bola ensacada, numa toalha e cujo conteúdo me fez sorrir, mas igualmente sentir uma sensação de impotência face a um ser indefeso, tão maltratado, escanzelado e claramente doente.

Fora-lhe apresentado por uma outra vizinha que também amante de animais, mas com quatro já a seu cargo, não reunia condições para o receber, depois de o mesmo ter sido encontrado fechado e em muito mal estado num dos arrumos do condomínio.

Tratou de o levar ao veterinário, onde esteve internado a recuperar, mas não havia maneira de lhe arranjar um dono, tendo pedido auxílio à minha querida amiga e vizinha, que sabia muito bem como amolecer o coração de uma tola como eu. "Oh fica com ele, vai ser bom para a Sasha ter um companheiro e é tão lindo".

Pois, nesse dia, iniciou-se um amor incondicional, que nunca conhecera antes, ao ponto de me dizerem que fora enganada e que o Baltazar não tinha alma de felino, mas de canino.

A verdade é que, desde esse dia, ganhei um amigo, que me recebe como um cão quando chego a casa. que me segue para todo o lado e que quer apenas e tão só os meus mimos, pensando só depois nos seus prazeres egoístas, tais como se alimentar.

Posso dizer que sempre que entro porta adentro, depois de um dia de trabalho tenho aqueles presentes a rondaram-me e a seguirem-me de imediato para cozinha, para que a "mamã" lhes abasteça as taças de ração, excepto o Baltazar que se rebola e se embrulha entre as minhas pernas, tendo-me quase provocado quedas inesperadas.

E perguntam vocês e a Fiona, onde entra nesta história? 

O Baltazar, como gato jovem que era, quando nesta casa foi recebido, queria brincadeira e correrias. próprias da sua tenra idade, mas não encontrou parceira à altura, que o que mais queria era paz e sossego.

Conclusão, instalou-se a 3ª Guerra Mundial em minha casa, pêlo espalhado por onde havia lugar, alguns objectos destruídos e duas feras em estado de ebulição e prestes a enlouqueceram-me.

Não me restava outra alternativa, senão trazer outro felino, desta vez em tamanho mini, de preferência fêmea para animar os dias do felino macho, o que de facto veio a ocorrer, depois de uns dias de adaptação. 

São os meus meninos, mas só um adora dormir no meu regaço, como podem testemunhar acima.

Não duvido do seu amor incondicional e agradeço todos os dias a sua presença na minha vida.

Esmy


4 comentários:

  1. E quando temos daqueles dias que nunca deviam existir na vida de uma pessoa, são os animais que nos fazem acreditar que o mundo ainda vale a pena. Mesmo quando nos deixam o carro e a casa cheios de pelos e os olhos a reclamarem uma lavagem de hora a hora, quando acordam e decidem transformar-se numa chicana ambulante a obrigar-nos a manobras arriscadas para manter o equilíbrio, eles são o melhor do mundo.
    Não sou fã de gatos, mas calhou-me adotar uma cadela com uns hábitos meio estranhos (como trepar a muros e árvores eheh), que lhe valeu a alcunha de "cagata" (CAdela-Gata). E é mestra na arte da finta. Melhor que o CR7. O problema é que está tão velha que muitas vezes não se consegue desviar a tempo e leva uma pisadela. eheheh

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  2. São mesmo o melhor do mundo e é verdade também que percebem tudo e naqueles dias que falas, são eles logo pela manhã que nos dão alento :)

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  3. Os animais são de facto fantásticos. E não há nada melhor do que chegar a casa - depois de um dia daqueles - e vê-los felizes à nossa espera.

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  4. Sem dúvida, Miss Moi! :) Beijinho

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