Hoje passeaste pelas minhas memórias, que embrenharam as minhas leituras e as transformaram em meras palavras.
Pedi-te, com gentileza, que saísses, mas já dominaras o meu consciente e nada podia fazer, senão conversar com a tua amargura, que não era mais minha.
A serenidade que me preenchia não se compadecia com cores pálidas, mas apenas com a candura de um rosto, que um dia fora o motivo de muitos sorrisos.
Não podia negar o desapego, a ausência, mas a tua voz martelava desesperada, como um apelo que me comoveu.
Afaguei com delicadeza o teu rosto distorcido pela dor e escutei-te em silêncio, enquanto despejavas gritos silenciados e lágrimas contidas.
E assim fiquei até te desvaneceres num horizonte, que já não alcançava...
Esmy
Para o bem e para o mal, "não há machado que corte a raiz ao pensamento". :/
ResponderEliminarPois não...
EliminarHá memórias que não se perdem... :)
ResponderEliminarÉ para isso que elas existem e provam que estamos vivos!
EliminarNão saiu com gentileza, pois não? Há alturas da vida em que só um cabo de vassoura pelo lombo abaixo resolve o problema, mesmo que ele já não se apresente como algo fisicamente palpável, mas sim como algo que só a tua memória mantém vivo.
ResponderEliminarEspero que o cabo da vassoura não seja para mim, credo!
EliminarClaro que não era para ti. Para ti é uma cana-da-índia :P
EliminarEstava a referir-me ao problema. Quando não sai a bem, sai a mal. Ou seja, quando as memórias não se dissipam por si mesmas, temos que as forçar a isso. Tu percebeste, anda lá! :P
Claro que percebi ;) Cana da Índia?! hummm
EliminarFizeste bem em deixar ir...
ResponderEliminarTeve de ser!
EliminarUm lindo texto a acompanhar o sublima Rodrigo Leão.
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
Obrigada, Pedro! Uma boa semana para ti. Beijinhos
ResponderEliminarHá memórias que ficam sempre, mas a presença constante vai-se desvanecendo...
ResponderEliminarBeijinhos
Verdade, Chic'Ana. Beijinhos
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